Atlético-MG vence Cruzeiro, mas o destaque foi a bandeirinha

"Arbitragem ganha destaque no clássico por erros e lances polêmicos"

Camila Bianca - Redação Cardosão F.C

Foto: Cristiane Mattos/Agência Estado

O super clássico pegou fogo, e mesmo com times diferentes dos considerados "titulares" Atlético-MG e Cruzeiro emoção não faltou. O Galo entrava em campo para reerguer-se na competição, e manter um tabu de nunca ter perdido pra seu rival no Horto, e conseguiu cumprir sua missão, vencendo a Raposa de virada por 2 a 1. Apesar da brilhante virada, o clássico teve o resultado ofuscado, isso pois quem ganhou destaque foi a arbitragem, por erros e lances polêmicos que renderam a semana toda.

O Atlético-MG vinha de uma má fase, três derrotas seguidas, sendo uma eliminação na Copa Libertadores, fez com que Levir Culpi quebrasse a cabeça e armasse um time com qualidade mesmo sem poder contar com peças importantes como Jô, Réver e Ronaldinho. O treinador optou num esquema de 3-5-2, com três homens na zaga, um meio-campo mais forte e dois no ataque.

O Cruzeiro com a cabeça na decisão de quarta-feira na Copa Libertadores, entrou em campo com Time B, ou expressinho Azul como é apelidado. Com boa campanha no Brasileiro, Marcelo Oliveira manteve a escalação das últimas vitórias no brasileirão, mas com mudanças no ataque já que Borges sentiu uma lesão momentos antes da partida, e Moreno ganhou a titularidade.

Dentro de campo, a pressão era do Galo,  criando boas jogadas no meio-campo com bom toque de bola entre Tardelli e Fernandinho. A Raposa saia nos contra-ataques, mas com muita dificuldade, afinal, Marlone não rendia o esperado.

O Cruzeiro chegou a sair na frente em um contra-ataque veloz. Aos 38 minutos, Souza arriscou um chute na entrada da área, o goleiro Victor rebateu, mas a bola sobrou nos pés de Moreno que mandou pro fundo das redes, abrindo o marcador 1 a 0. 

O Galo chegou ao empate logo nos minutos iniciais, após substituição de Diego Tardelli para entrada de Marion, e a saída de Edcarlos para entrada de Carlos mudando totalmente o esquema e a movimentação de jogo. Aos nove minutos cobrança de escanteio, confusão na área e Marion mandando pro fundos das redes, 1 a 1.

A partir daí, a arbitragem entrou em cena. Em lance polêmico, Luan cobrava uma marcação penal, onde Otamendi teria desviado o percurso da bola com mão dentro da área, mas o árbitro Heber Roberto Lopes disse ser lance normal. Após muita reclamação, o mesmo árbitro assinalou um pênalti duvidoso sobre Léo Silva. 

Em grande confusão na área, no agarra agarra, o zagueiro Léo e Leonardo Silva entraram em forte marcação, com que queda do zagueiro alvinegro e o árbitro assinalou pênalti, justificando carga faltosa sobre jogador do Galo. André bebezão pediu a bola, e bateu no meio do jogo, virando a partida 2 a 1. 

Minutos depois do gol alvinegro, o atacante Luan acabou sendo expulso após erguer a mão sobre o rosto de Pierre e ter que assistir o jogo de fora. A quem diz ter sido lance para amarelo, não necessitando assim, de uma expulsão direta devido ao lance.

A bandeirinha Fernanda Colombo Uliana, que chamava as atenções pela beleza, acabou chamando atenção de forma. Em erro bisônio, a bandeira assinalou um impedimento em um contra-ataque Celeste, onde dois zagueiros davam a condição de jogo ao atacante Alisson que saiu de trás da marcação ficando cara-a-cara com goleiro Victor, errando e finalizando um lance claro de gol que resultaria em mais um empate nos clássicos desse ano.

E pra finalizar os bons lances, o Cruzeiro teve nova chance de empatar, mas o guerreiro Otamendi salvou na linha um chute feito por Marlone. 

Fim de jogo, a primeira vitória do Galo no Brasileiro, e o Cruzeiro agora pensando apenas na decisão de quarta-feira.

ATLÉTICO 2X1 CRUZEIRO

ATLÉTICO: Victor; Otamendi, Leonardo Silva e Edcarlos (Carlos, no intervalo); Alex Silva, Pierre, Leandro Donizete (Rosinei, aos 45 do 2ºT), Diego Tardelli (Marion, no intervalo) e Emerson Conceição; André e Fernandinho.
Técnico: Levir Culpi.

CRUZEIRO: Fábio, Mayke, Leo, Wallace e Egídio; Nilton, Souza (Willian Farias, aos 23 do 2ºT), Tinga (Martinuccio, aos 29 do 2ºT) e Marlone (Alisson, aos 23 do 2ºT); Luan e Marcelo Moreno.

Técnico: Marcelo Oliveira.