domingo, 28 de junho de 2015

O Talento Azul se despediu do Mineirão em alto estilo

"Em jogo festivo que marcou despedida de Alex vestindo a camisa celeste, torcedor cruzeirense teve a oportunidade de voltar ao passado e rever grandes ídolos".

Mateus Liberato - Redação Cardosão FC

Hoje irei sair do padrão e fazer diferente, caros leitores. Ao invés de escrever a habitual análise técnica e tática de mais uma atuação pífia do Cruzeiro na temporada - dessa vez diante do Coritiba - irei falar do amistoso sensacional realizado na tarde de ontem no Gigante da Pampulha. Os cruzeirenses tiveram a oportunidade de sair da realidade que vivem na temporada atual, para rever grandes craques e jogadores importantes que marcaram as páginas heroicas e imortais do clube. O motivo era especial: a despedida do gênio Alex com a camisa cinco estrelas.

O Talento e o Príncipe. Alguém precisa de um armador aí?
Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

Não é exagero dizer que a partida festiva de ontem foi a mais técnica que assisti no Mineirão esse ano. Ao todo, além do Talento Azul, participaram outros 63 jogadores que deixaram seus nomes cravados na história do Cruzeiro. De um lado, a máquina que conquistou a Tríplice Coroa em 2003, com alguns desfalques, porém com os protagonistas Alex, Aristizábal, Maurinho, Gomes e cia, comandados por Luxemburgo e PC Gusmão. Do outro, um verdadeiro escrete formado por jogadores que marcaram época na Raposa durante as últimas cinco décadas. Entre eles, estavam Sorín, Ricardinho, Natal, Evaldo, Adílson, Boiadeiro, Paulo César Borges, entre outros tantos. O técnico: Procópio. Prato cheio para os cruzeirenses e os apaixonados por futebol.

Depois de uma cerimônia fantástica montada pelo competente Departamento de Marketing, comando por Marcone Barbosa, chegou a hora da bola rolar. O toque de bola refinado, somado aos perfeitos lançamentos e inversões de jogo, foi o diferencial entre as duas equipes. Vendo o jogo de ontem, reafirmei minha tese: Futebol é como andar de bicicleta. Você pode até ficar algum tempo sem praticar, porém quem sabe jamais esquece. E isso resume bem o que foi o encontro de craques.

E se o time de 2003 voltasse? Bem que o torcedor gostaria que isso acontecesse.
Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

Com a bola rolando, coube a Aristizábal estrear o placar na partida festiva e colocar o time da Tríplice Coroa na frente. Logo depois, Alex Mineiro, campeão da Libertadores de 1997, empatou o jogo para os Ídolos Eternos. É claro que o dono da festa tinha que ter deixado o dele. Alex colocou o time de 2003 em vantagem novamente antes do final da primeira etapa. Já no tempo complementar, os escretes foram todos alterados. Paulo Miranda, Marcinho, Sandro e o goleador Marcelo Ramos fizeram para o time de Luxemburgo, enquanto Carlos Alberto Seixas deixou de pênalti para os Eternos. Até Samuel Rosa participou da festa, se posicionando como um legítimo centroavante no time de 2003.

Com certeza, a vontade de cada torcedor era que a tarde fria de ontem no Mineirão não acabasse nunca. Como é bom voltar a ver Maurinho defendendo e lateral-direita do Cruzeiro. Ter a oportunidade de assistir Ricardinho ditando o ritmo no meio-campo junto com Cleisson e presenciar Aristizábal caindo pelos lados, desconcertando as defesas adversárias. Não poderia esquecer do eterno ídolo Juan Pablo Sorín com toda a sua raça, caindo pelo lado esquerdo. Tudo isso foi sensacional. Porém, agora é hora de voltar a realidade, caros amigos.

Confira no vídeo, como foram os gols da partida. E que partida, diga-se de passagem.




Cruzeiro - Tríplice Coroa: Gomes; Maurinho, Cris, Marcelo Batatais e Leandro; Maldonado, Augusto Recife, Zinho e Alex; Aristizábal e Deivid. Técnicos: Vanderlei Luxemburgo e Paulo César Gusmão

No decorrer entraram: Artur, Irineu, Sandro, Jardel, Paulo Miranda, Marcelo Ramos, Alex Alves, Marcinho, Kanu e Samuel Rosa.

Cruzeiro - Ídolos Eternos: Rodrigo Posso; Evanílson, Caçapa, Clebão e Elivélton; Ricardinho, Tinga, Cleison e Da Silva; Fábio Júnior e Alex Mineiro. Técnico: Procópio

No decorrer entraram: Sorín, Paulo César Borges, Balu, Célio Lúcio, Adílson Batista, Reginaldo, Marcos Paulo, Marco Antônio Boiadeiro, Roberto Gaúcho, Mário Tilico, Paulinho McLaren, Carlinhos Sabiá, Fabinho, Edu Lima, Gélson Baresi, Carlos Alberto Seixas, Wilson Gottardo, Marcos Teixeira, Jean Carlo, Daniel, Douglas, Gomes, Róbson, Natal, Paulão, Marcelo Djian, Ricardo Pedalada, Aélson, Toninho Almeida, Careca e Macalé.

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