As duas derrotas dos dois
grandes mineiros que jogaram, nesta tarde-noite de domingo, eram plenamente
plausíveis; tanto que aconteceram. Foram duas perdas parecidas, mas com sentimentos
totalmente distintos para América e Atlético. Enquanto este, já classificado,
procurava apenas entrosar o seu time reserva, aquele apostava todas as suas
fichas num velho clássico. Noves fora, lá vai um, podemos vaticinar que o Galo
sofreu um pequeno baque, enquanto o Coelho se viu despencando de uma enorme
ilusão.
Foto: Marcos Michelin/EM |
Os problemas do América não
começaram neste jogo contra o Villa Nova; contrariamente, este é o desfecho
trágico – e elucidativo – de uma sucessão de erros. Raciocinemos um pouco: Após
a saída do técnico Milagres (que, na minha modestíssima opinião, é melhor do
que os seus sucessores) foram contratados treinadores e alguns jogadores que não
têm o perfil alviverde; o time do Coelho deixou de ser um exímio revelador de
jovens talentos para se tornar num time de veteranos e crias de empresários.
Faltou liga, faltou um cara, faltou um planejamento bem feito, que visasse
títulos e não apenas jogos.
Esta é apenas a primeira
grande derrota americana, que, se não se arrumar, poderá trazer grandes
sofrimentos ao seu torcedor. O técnico Paulo Comelli, assim como seu
antecessor, não tem o perfil do Coelho; o América sempre se deu bem com
treinadores experientes, com disciplina e planejamento. Alguns atletas também
já não deveria ter mais espaço no time, pois já não acrescentam qualquer
qualidade à equipe. Para o bem da verdade, a diretoria do América deveria
deixar de ser tão paternalista e pensar no futuro do Coelho.
Foto: Ramon Lisboa/EM |
No Atlético, o técnico Cuca
(de acordo com algumas más línguas, por ordem do presidente Kalil) entrou em
campo, para o jogo contra a Caldense, em Poços de Caldas, com o time totalmente
reserva: Giovanni, Júnior César, Carlos César , Gilberto Silva e Rafael
Marques; Serginho, Rosinei, Josué e Guilherme; Araújo e Alexsandro. O time
atleticano acabou por sair derrotado do estádio Ronaldão, quebrando uma longa
sequência de vitórias e dificultando ainda mais a busca pela primeira posição,
mas, acredito eu, nem tudo foram devaneios.
Caso seja verdade, é
inaceitável que o presidente escale o time (embora eu prefira acreditar que
isto não tenha acontecido); mas, fato é que, voltando ao jogo, o galo não jogou
uma boa partida. O esquema era diferente do costumeiro: o time jogou no
tradicional 4-4-2, com Serginho e Guilherme fazendo a ligação, enquanto Araújo
e Alexsandro se incumbiam das finalizações.
Guilherme tentou armar o time, mas
não consegue, absolutamente, se transformar em sombra do R10; Araújo mostrou
que não terá, a menos que alguma reviravolta aconteça, sucesso no time
atleticano.
Enfim, todo o time sofreu com a falta de entrosamento, de ritmo de
jogo. São bons jogadores, mas precisam de tempo para que haja um melhor encaixa
e, justamente por isso – e para isso- acredito que o técnico manterá o mesmo
time para a próxima partida do Mineiro, com exceção de Carlos César que, expulso,
desandou todo o planejamento do Galo, e está suspenso para a próxima partida.
Tenho dito!
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