sábado, 28 de março de 2015

Quais os motivos que contribuem para as atuações ruins do Cruzeiro?

"Depois de algumas reformulações em seu elenco, equipe celeste ainda tenta buscar o bom futebol nesse início de temporada".

Mateus Liberato - Redação Cardosão FC

Quando a diretoria cruzeirense começou a anunciar as vendas de jogadores importantes em seu elenco, e posteriormente trazer novos reforços, o torcedor já tinha em mente que o Cruzeiro estava passando por um período de reformulação - fato comum no futebol brasileiro - e que a adaptação e o entrosamento dos novos contratados iria vir com o tempo. Porém, com os estaduais chegando ao fim, a Libertadores afunilando e o Brasileirão prestes a começar, o time não vem apresentando regularidade em campo.

Marcelo Oliveira está quebrando a cabeça para tentar montar um novo time que seja técnico, tático e competitivo.
Foto: Portal Uai

Com isso, a grande dúvida da maioria dos cruzeirenses é: quais os principais motivos que estão contribuindo para as atuações ruins que o Cruzeiro vem apresentando? Crítico e apaixonado por futebol que sou, tentarei sanar esta questão que muitos estão tentando solucionar. Inclusive o comandante Marcelo Oliveira.

Talvez o principal fator que esteja prejudicando o time nesse início de ano, não seria somente a falta de entrosamento e de um armador que pense e crie as principais jogadas de ataque. Aliás, o time-base Bicampeão Brasileiro 2013-2014 não tinha aquele exímio camisa 10 a moda antiga que joga centralizado, distribuindo o jogo. Enquanto Éverton Ribeiro era um jogador que caía mais pelos lados - mesma característica de Alisson e De Arrascaeta - Ricardo Goulart era praticamente um meia-atacante de explosão, que exercia muito bem a parte tática, puxando a marcação e aparecendo como um elemento surpresa dentro da grande área.

Então, qual o grande segredo de Marcelo nos dois últimos anos? Resposta simples, ou quase simples. Além de contar com o apoio constante dos laterais - Mayke e Egídio - o time tinha uma excelente saída de bola com Lucas Silva. O garoto, hoje madridista, era praticamente um camisa 10 que jogava de segundo volante. Como alguns dizem, Lucas era o jogador que armava de trás e tinha uma visão de jogo privilegiada. Atualmente, essa função é desempenhada por Henrique, que é um meio-campista completo na acepção da palavra, mas que não faz a transição da defesa ao ataque com a mesma maestria do ex-camisa 16 do Cruzeiro.

Ao lado de Henrique, Lucas Silva era praticamente um armador que jogava recuado.
Foto: Douglas Magno/O Tempo

Surpreendentemente, antes de se contundir, Willians é quem vinha fazendo a saída de bola do time. Com a volta do 'Pitbull', que já deixou o Departamento Médico e está aprimorando a forma física, talvez possa ocorrer um revezamento com Henrique na função, já que os dois deverão formar a dupla de volantes titular.

"Será que a saída de Alexandre Mattos prejudicou o planejamento do clube? Será que a diretoria não repôs à altura os principais jogadores que saíram? Por que Mayke não está rendendo como nos anos anteriores?" Estes são outros grandes questionamentos que os cruzeirenses fazem, porém que só serão respondidos com o passar dos jogos.

Com o time ainda em formação, Marcelo Oliveira fica isento de qualquer tipo de crítica. O técnico já provou ser competente e que pode montar um time que seja técnico, tático e competitivo. Minha única corneta em relação ao comandante é que ele possa dar mais oportunidades aos únicos armadores de ofício no elenco, que são Marcos Vinicius e Gabriel Xavier - Marcos será o titular amanhã contra a URT. No mais, o desejo do torcedor é que o time possa render em campo, não apenas vencendo, mas também convencendo.

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